Um brinde





Inocente, nenhum de nós dois é inocente. A chuva começa a cair e sinto as gotas dentro de mim, percorrendo cada centímetro de desejo sujo, libidinoso e lascivo que corre entre nós. Vem, abre a porta e passa teu perfume nas minhas costas, mistura o suor dos teus poros com os poros atiçados do meu ombro, me diz que o mundo é real, é uma delicia te querer como quem bebe um dry martini gelado no calor. 
Qualquer coisa que quiseres fazer dentro desse quarto vai ser meu nome do meio, me ensina qualquer jogo que quiseres jogar, joga os dados agora.
Aquele funk/soul antigo toca e eu me toco por aqui, sinto cheiro de carne, preciso me esconder na selva, me alimentar do teu frenessi, e tantas pessoas não querem viajar, tantas querem ficar nas suas sensações pobres, e eu meu bem, quero te dar mais, um brinde, a nós, a chuva, a carne.
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Nhoque.



Preciso de palavras, algumas que expliquem o que faz esse momento valer. Preciso de roupas, para me despir aos poucos quando quiser te dizer com meu corpo o que já não cabe em paroxítonas e oxítonas, dessas que nunca acerto quem é quem. 
Acordamos olhando um para o outro e tudo ficou tão calmo, o amor não é perfeito, tem dias que parece difícil, mas quando estamos longe sinto que no meu falta o teu cheiro, tua pele que cobre a minha. 

O dia amanheceu e estamos bem. 

Parece complexo, mas essa chuva que passa faz eu me sentir dentro d'uma nota musical, que corre da partitura para o ar. Senta aqui do meu lado, minhas mãos querem passear pela tua costa, desembocar na tua nuca, e meus lábios vão correndo para o beijo inevitável. Estou preparada para entrelaçar minha respiração na tua, enquanto os copos secam na mesa e as pessoas conversam, sinto que estou onde queria. Rimos e eu sei que tinha que ser desse jeito. Palavras, talvez eu não precise delas.  
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Brandy.


Não consigo respirar, existe muito para escrever, querer. Isso que os outros chamam de calor parece frio e palidez nas minhas mãos. E todas as velas que acendemos queimaram nossa luz de sanidade, perdi o tempo. 

Meu progresso é revirar o que me atrai.

Meu trabalho foi feito,quero diversão, quero foder com o plástico, não quero fazer sentido, achei meu caminho e quero assim.

Me viro e quero atacar, a música vai tocando e alguns batem palmas,outros choram, uma veia pula da minha testa. Não, eu nunca vi o mar, que plano tens pra mim? Sinto que tenho uma besta que grita e cospe ideias loucas, e mais rápido do que tu pensas o sol vai transformando nossos corpos em vapores, e o jeito é sentir tua pele o mais rápido. 


Na maioria do tempo fico aqui nesse lugar, regando e dirigindo minhas próprias palavras, sendo a garota que quer cada vez mais, e querido, precisas fazer da nossa vida mais do que um acasinho. Falo com os copos, eles respondem com goles e tilintar de baile. Vou te beber com pílula e tudo.


Não preciso que me relembre que eu mesma sou desajustada, guardo o dinheiro no calcanhar e não nos seios, então os homens por aí querem me dizer onde tenho que ir e que show devo dar. Que bobinhos, aqui nesse espaço o visual é esquizofrênico, mudo de temperatura e pele, sem chance para me arrepender. 


E se meu sangue explode, sento no sófa e espero meu estrogênio baixar, meu próprio charme estranho nunca me deixa entediada. 


Curso de astronomia e culinária à dois, não me devolva para os abraços sem graça. Preciso enlouquecer,preciso me entregar, e tem que ser já. Me dê o primeiro gosto de boca pela manhã.

Diz que estamos aqui porque o mundo quis, e não diz nada ao mesmo tempo. Fecho os olhos e estou imersa em caldas, cheiros, queijos, eixos, nexos.

Em um porão de confissões me delato, câmeras assistem meus passos, desde a primeira vez que fiz o close das minhas burradas, chorei frente a mim mesma. 


Minhas imperfeições são bonitas quando acredito em estrelas e no misticismo que me rodeia. O jogo que eles querem jogar é uma besteira e estupra meus sonhos. Me espera, pega na minha mão e não me imponha condições. Todo mundo precisa ser livre.
Me dê algo similar, me dê seu corpo estérico como da primeira vez.
Não quero chorar. Um brandy, pr'agora, pra já.

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Estranha garota.



O que tu tens aí nos bolsos garota? Quer me hipnotizar com sua rebeldia, somos amantes, isso tá na cara. O tempo passa e vejo que suas loucuras são o que minha mãe costumava dizer que era perigoso depois das duas da matina. Agora não ligo para os conselhos, estou totalmente imerso nas suas palavras e gostos, sou passivo de explicações, vou me banhando das tuas certezas, silêncio por silêncio, gritamos.

Continua com suas dancinhas estranhas, e tenta me encantar com penteados estranhos dos anos 80, que garota gostosa de ler. Preciso de tempo pra me acostumar com seus sinais, as crianças gostam do seu cabelo colorido, e cuidado, sua meia calça tem um furo acidental, me fascina seu cheiro de mulher intensa. Tem uma coisa rock and roll na sua pele, meus pais vão precisar de calmante para te aceitar. Minha tia religiosa, vai te achar lasciva e impura demais, mas é exatamente desse jeito que eu quero.

Agora me concentro no barulho dos nossos dentes batendo de frio, quero mudar o mundo sem consultar ninguém. Olha pra mim garota estranha, bem nos olhos e me cospe, não posso aguentar sem ti, não consigo.
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Motorizados

E em público damos as mãos, entre nós as usamos. 

Fiz um plano de ataque, transformei nossos encontros em gritos gostosos, nesse jogo de estranhos que se cruzam, a intimidade nos invadiu e umedeceu todas as cavidades de sanidade que nos sugam. 
Daí, eu que não sou boa nas coisas pela metade, quero tudo por inteiro e mais um terço. Vem!

Vem, passando a marcha, fazendo curvas, acelerando, a estrada tá quente, o motor previamente aquecido, quero sentir tudo girando. 
Esse desejo que vem do útero e sai pela boca mordiscada de loucura é que me alimenta, me engorda. Finalmente veremos o que de gostoso nossos olhares podem oferecer, entro nos teus olhos. 
Entre dentes, unhas, beijos, sei que somos quimicamente compativeis, tenho fome. Vou te comer com a mão, melada de oleo de budega de quinta com coloral.



O prato suculento na minha frente é essa tua vergonha que se transforma em ardor, ai,  me farto. 
Teu molho apimenta e arde na minha língua, aparece parte de ti no ceú dessa boca que cola na tua desejo e amor, charme e deslumbre. Danço para seduzir a nós dois.

Comendo cada parte, como se fosse um banquete dos Deuses, com seus caprichos, luxúrias e vaidades, te quero sujo, no banco desse carro, na madeira dessa mesa,nas minhas canções bobas de soul, te quero nas cordas, nos vibratos, nas cenas, nas ruas, na pele, no gole de uísque que relaxa, que me hipnotiza.

Não mentes, tu queres de novo.
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Por agora.

N'um ritmo gostoso as tintas se misturam, escorrem pelos corpos que se encaixam entre fluídos e pausas para assaltar a geladeira. As tintas não precisam de estradas asfaltadas. Peles, línguas, beijos, filmes, risadas, grosserias e carinho, é disso que precisam as estradas para serem riscos de arte.  

Coloquei minha máquina de sorrisos a todo vapor, daí tu apareces na porta de casa, sei que não precisamos de mais nada, e só de nos olharmos sabemos que a saudade deve ser sanada ali e agora, nos agregamos sem mais.

Arte sequencial, quadro a quadro noto que preciso de ti porque te quero, que razão teria se fosse te querer porque preciso? 

Presta atenção nas palavras que meus lábios vão formando e esqueça o que te disseram que te fez mal, dança comigo e me seduz em clima noir. Dou minha mão para ti e teus dedos entrelaçam os meus, o que perguntei está respondido, me queres, ao menos agora.

Sente que tem algo que queima dentro de mim, é uma beleza, uma chama de te cheirar, de estar lado a lado, calados, rindo e no final sei que estamos bem. 

Gosto de ressaca na boca mordida, cheiro de paixão livre no corpo, banho de água gelada, viagem sem passagens. A perspectiva é deixar se levar, e nisso somos bons. Sim, eu não me coloco restrições, escapo pra fazer festa se sei que você vem. Me visto de mim mesma e me dispo de quem sou mais ainda.

Por agora eu te quero. 

Coloquei meus óculos de praia e o biquini de cereja e esperei pelo sol, senti a areia nos pés e brinquei na água. É verão dentro de mim. Traga suas canções e faço mimimi a tarde inteira. Ouvi suas reações, suas risadinhas e sua voz flutuou nos meus olhos. É verão dentro de mim.
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zumbizada.




Eles querem carne, não pensam, estão mergulhados n'um estado catatônico, que hipnotiza quem repara. Não me lembro de ter medo de zumbis, a única lembrança que tenho mesmo é que sempre fui taradona por eles, posso acabar esse texto aqui, dizendo assim: zumbis são fodas! Mas vou falar porque corações imaginários espocam na minha cabeça quando vejo séries, filmes ou leio quadrinhos sobre zumbis. 

Vejo além dos grunhidos e do sangue (que sozinhos já são muito legais) uma crítica social. Nos quadrinhos de Robert Kirkman (The Walking Dead), os zumbis só "morrem" (sic) se retirarmos o cerébro deles. Além disso o mais interessante é que eles não falam. 

No fundo não tenho medo e sim, pena. Será que também estamos infectados? Olho ao redor e vejo zumbis, pessoas que não pensam, que apenas se deixam levar, adolescentes que imitam ídolos que nada tem a oferecer. As pessoas estão indispostas a pensar, querem só 'comer' e matar uma ânsia que não sabem porque tem e de onde ela surgiu. Querem ler resumos de livros para provas (para não ter que ler o livro todo), veem a sinopse do filme para dizer que assistiram, leem na wikipédia sobre quadrinhos ou qualquer outro assunto e dizem que são fanáticos e profundos conhecedores. 

Vejo zumbis all the time, mas esses zumbis querem se passar por gente corada e pensante. Com alguma conversa com os mortos-vivos já se vê a palidez no rosto deles e um grito oco que ecoa alto demais para ser imperceptivél. Não importa o quanto você tem no bolso ou que idade tem.
O que nos resta é sempre evitar a mordida, estar atento, porque a epidemia parece escolher as pessoas, mas na verdade é você que decide ser ou não infectado. 
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Nus.



Parece que se vai morrer, e são dois corpos (ou mais) n'um deserto, e os lugares podem ser variados, quem sabe uma penca de bichinhos assistam, Ace Ventura passou por isso, rs.


Daí ele chega e a fuma como cigarro de palha, com cuidado, porque apaga rápido demais apesar de valer a baforada. 
Dentro dos seus vestidos tem um cheiro de flor que chama por amor, chama por um lance noturno, e as mãos escorregam pelo planeta das pernas, das bucetas, dos paus. Ela, louca, quer que ele faça coisas gostosas, quer ser seu pudim, oferecer sua calda, vai e se entrega devagar. 
O cheiro de animalzinho no cio tá nas paredes e amanhã é dia de comprar verduras e frutas, o barulho do chuveiro e das chaves, foi assim tão bom. 
Foi esse roça roça que vai da madrugada ao amanhecer, o tempo ficou friozinho. 
Espelho, ela pensou que agora talvez estivesse diferente, levou as mãos até a parte quente da vagina e sorriu. Ele sentou na beira da cama, calçou os sapatos, parou um minuto, descalçou, e disse: vou ficar até que você queira que eu fique.
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nhom.



Costumava comprar brincos de pérola quando tinha uns 15 anos, quando criança também usava os de bolinha. Calçava escondida os saltos da vovó, passava talco na cara para parecer japonesa. 

Era uma monstrinha melequenta tão carinhosa, gostava de falar sozinha, ver programas de sacanagem escondida, gostava de cachorros e gatinhos fofos. Ai, amava banho de bacia!

Daí você cresce, fica achando que tudo era melhor quando era criança, e puta que o pariu, realmente era. Ser criança era tão gostoso por diversos motivos, mas o melhor é que tudo era proibido e era uma delicia fazer coisas perigosas e proibidas. Ver pornografia, comer doce antes do almoço, levar bolachas para o quarto depois de escovar os dentinhos para dormir, beijar de língua o espelho, cair e voltar chorando (fazendo dengo mesmo depois que tudo tava bem). Eu gostava da cor vermelha que o mertiolate tinha.

Hoje a gente pode ver sacanagem adoidado na internet, tem que acordar cedo para trabalhar, ganhar dinheiro. Não tem mais caixinha de chiclete em tablete na bolsa, mentira, ainda compro esse chiclete. Os beijos são de verdade, os de língua sabe?! Sei lá, era bom beijar o espelho, ele nunca me machucou. 

Agora milhares de luzes acendem dentro de mim e eu não sei se o que me ilumina e sai pelo meus poros foi o que a infância me deu ou o que eu guardei dela. 
Que o tempo não volta eu já sei, mas saborear o que foi gostoso não é pecado. Faço cortejo para minha felicidade, para o meu amor, para os ursinhos que eu abraçava, para as flores que eu comia e para o batom vermelho, que me era proibido e nem caía bem.

Espero longos anos para escrever novamente como era gostoso ser quem eu sou escrevendo o que escrevo agora.
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No saculejar do ônibus.

Você é quem você é quando ninguém te olha

Ajudar, fico sempre na dúvida quando devo ajudar. Na dúvida escrota de sempre, prefiro tirar as moedinhas do bolso e dar para quem pede. É claro que muitos vão me repreender e dizer que estou alimentando o assistencialismo e viciando essas pessoas nos seus 'empregos' de pedintes, mas não contribuir, quando se pode, é virar o monstrinho do ônibus, da calçada, é ser julgado não só pelos olhos dos transeuntes, por você mesmo, mas também pela sujeira, pela falta de um membro ou pela fedentina do morador de rua. 

Aquela sujeira, que virou sinal na dobra das articulações, me diz o quanto tenho tanto e que o pouco que tenho no bolso, no final das contas, não me fará falta. 

Minha vontade não é ser a professorinha solidária que ensina as crianças que os mendigos são bonzinhos, precisam de ajuda e de um prato de comida. 

Tudo bem, existe muita gente drogada que acaba nas ruas, marginal de suas próprias escolhas, mas nem todo mundo chega na rua porque se droga, mas se droga porque está na rua, para aguentar o estômago que ronca, que remoi a si próprio, que acha que a saliva é comida e se frustra. 

Daí, passamos 4 ou 5 horas sem comer e já temos dor de cabeça, o cerébro então, parece que dá pane, don't panic! Você caro leitor matará a fome assim que chegar em casa, porque você assim que nem esta blogueira, tem um lar, tem um lugar pra chamar de seu, mesmo que ele seja minuscúlo, alugado e tenha pedaços de pizza debaixo da cama. Você não precisa se lavar em torneiras das praças, você escova os dentes.

Então vejo sempre a mesma cena, alguém sobe pra pedir dinheiro e as pessoas conversam baixinho: "isso é pra beber", "esse daí não trabalha porque não quer", "gente aleijada também pode trabalhar". 

Quanto clichê. 

O problema é que as pessoas não conseguem pensar além, não conseguem pensar que simplesmente aquela história contada aos berros e no saculejar do ônibus pode ser verdade e que realmente pode existir uma familia a espera do pai que não arranja emprego porque foi presidiário e é descriminado por um sistema que pune e ainda não aprendeu a re-incluir e acreditar no homem. 

Então, é como sempre digo: não me importa se essa pessoa tá mentindo, eu fiz a minha parte, e se for verdade e eu não tiver ajudado? Pelo menos hoje, pelo menos enquanto o Estado não muda, não acorda, eu fiz e disse um clichê menos imundo e menos burguês.
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Labutacion.


Dentre as vozes da cidade, do ritmo frenético que as pernas insitem em ter surge de um tudo. E dá-lhe motores, vrums/brums loucos e irritantes, que se confundem com o suor da caminhada matinal de quem acorda cedo para o bem estar e não mais pelo dinheiro com o suor de quem quer construir patrimônio ou comprar geladeira. 

Os bichinhos da labuta embarcam no coletivo, outros ficam putos da vida porque perderam a condução e os ponteiros giram sem PARAR, existe o ponto para bater, as obrigações que não esperam e os problemas que não se resolvem sozinhos. 

Os factoides vão inundando as avenidas, os meninos sem base de rosto ou protetor solar gritam o preço, vendem nóticia quentinha e água gelada. Trim, troc e trilim, as moedinhas que sobraram do ontem vão de mão em mão. ALÔ de celular e ALÔ de 'alô senhores passageiros, PICOLÉÉÉ!'. 

Tem de todos os sabores, parada SOLICITADA , os pés rápidos chegam no destino, dão bom dia e bom dia, cafézinho rápido cortando a garganta, o que se tem pra fazer? Labutar.
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Não é o que você é, é o que você usa que define você.

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A lei da vez.



Desde quando consigo ver com tanta clareza o mundo? Tudo bem, não diria que é o teu mundo ou o de qualquer outra pessoa, mas o meu mundo. Soa egoísta dizer que tenho um só meu, mas é assim que funciona para a maioria das pessoas, criamos nossa bolha, que pode ser terna ou assassina.

Diferente de antes, me sinto menos dramática e simplesmente estou.

É possivél que 'quase' todas as mulheres que conheço tenham uma inclinação para o drama e logo caiam no desamor, mas é uma questão não de radicalismo, mas de equilibrio essa coisa de mudar. Não precisamos ser rispidos uns com os outros, mas também não precisamos tomar doses cavalares de madre Tereza.

Calma, não me refiro a deixar de nos preocuparmos com as politicas públicas ou algo do tipo. Refiro-me descaradamente a deletar pessoas que estão alimentadas, instruídas e com as buchechas bem coradinhas, mas mesmo assim agem conosco como seres paridos por uma puta que gosta do que faz (também existem diferenças entre os tipos de putas).

A solução para ver o nosso próprio mundo com clareza é nos amarmos, e olha que não sou hippie, mas acredito que até os 'modernos' conseguem chegar nesse Nirvana e não ligar para pessoas vazias de compromisso, lealdade e quiçá amor. É fácil, apenas deixem-nas para trás e continue firme.

Daí todo mundo sempre pergunta: e qual a forma certa de amar? Se adaptar aos amigos, a família e ao parceiro? Tratá-los como um nada para que eles rastejem por ti? Amá-los loucamente a espera do minímo de afeição e pena?
Sinceramente não sei, só sei e me dá tesão pensar que amo quando acho que devo amar e nunca 'cuspo' nas pessoas, no caso de decepção, finjo que não conheço quem me machucou e sigo pelo caminho do 'eu posso'.

Cuspir eu deixo para o ralo do banheiro, só para controlar o excesso da saliva. E suor eu deixo para o meu corpo que luta pela vida e pelos sonhos, que quem sabe um dia serão maiores que eu mesma. E quem não vale apena vira esboço que rasgo e jogo fora, sem coleta seletiva, para que se misture com orgânicos e restos de hospital.

Até o próximo post folks.
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Curtagora.com



Esse vídeo é muito bom, altamente reflexivo e simples. Nas minhas navegações pela rede achei um site maravilhoso, que na verdade já havia sido indicado por um amigo uns dias atrás via twitter, mas fui adiando a tal visita. Deveria ter me arriscado e visitado na mesma hora. Esse site reune curtas maravilhosos de gente famosa no audiovisual e dos undergrounds também, e acredite, você pode encontrar videos maravilhosos: animações, documentários, ficção, video-arte, e mais uma penca de coisas gostosas.

Só clicar e aproveitar:
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O sol brilhou e piscou novamente.


 Foi assim um nervosismo desmedido, como se fosse meu primeiro dia de aula no ensino fundamental. Não tinha reparado de como senti falta da agonia de estar n'um ônibus lotado e de como amava reparar nas pessoas bizarras que puxavam a cordinha para o motorista parar. Estou de volta a minha vida, como sempre teve que ser. Agora sou nova também, cheiro a folha em branco, que logo estará cheia de pensamentos lindos, enfim ou novamente.
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brigadeirinho.

Comprei um brigadeiro, foi assim paixão maluca de cara, ele era tão carnavalesco e obeso que foi fácil o desejar. 
Um pequeno tesão em forma de 'leite condensado que fez suruba com nescau,' que corpinho esbelto! 
Ele me olhava, prostituto e sacana, era michê alto nível, custava um real para comê-lo.  Dentro de sua sauninha tapauer me chamava com sua gostosura: vem nique, me pega! 
Paguei pelo seu corpinho, depois de tanto salivar só de olhar, arranquei sua capinha e peladinho o mordi, deixando-o pela metade. 
Quando senti que ele era tudo o que eu queria... o engoli de vez. 
Ele foi o único brigadeiro que comi hoje, mentira, olhei pra sauninha e disse pra vendedora : quero outro faz favor. RÁ!
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Edward Scissorhands.



Edward Scissorhands (Edward Mãos de Tesoura) do Tim Burton é um daqueles filmes que sempre vão me emocionar, com um lado gótico que se mistura com um inteiramente colorido e fashionista, emanando vida em forma de fábula.
Edward é um humanóide não finalizado, cujo criador falece antes de lhe conceder mãos, no lugar delas ele tem tesouras. 

Toda criatura sem seu criador fica meio perdida de inicio, mas o cotidiano e a convivência com outros ensina as lições que a criatura precisa saber. O aprendizado é uma jornada longa e imprevisivél, foi assim para Frankstein, para Edward e é da mesma maneira para nós criaturas , que estamos em constante questionamento quanto ao mundo, as cores, os amores, a vida, a morte, a chuva que caí nos dias de verão.
 
A 'solidão' de Edward chega ao fim até o dia em que uma vendedora de cosméticos resolve entrar naquele castelo misterioso. Ela não tem medo, ele é uma criatura inocente, sua pele é um pouco cortada, sem querer ele mesmo se corta, afinal de contas suas mãos são tesouras. Na parte de fora da casa existem esculturas belissimas feitas de grama, de um mundo que Edward não conhece de fato, mas que sonha em pertencer.
 
As mãos que aparentemente parecem nocivas e destruídoras, fazem arte. Estamos prontos para mudar nosso percepção de beleza? Estamos prontos para ver no bizarro a pureza, o amor? Às vezes me sinto com mãos de tesoura também, tentado me encaixar.

Agir com naturalidade quando se é diferente é uma tarefa complicada, mas não impossivél. Quanto mais se tenta esconder quem se é, quanto mais se é aos olhos nus. Edward simplesmente era, sua inocência era tamanha que isso incomodava os outros, porque todos estavam atuando, imersos nas suas vidinhas hipócritas.
 
Virou celebridade na cidadezinha fofoqueira, cortava cabelos, cachorros, fazia esculturas, mas todos que o idolatravam ficaram contra ele quando fora acusado de um roubo, que inocentemente participou. Nessa história Edward conhece a morte de perto e o amor, se apaixona pela filha da mulher que o acolheu. Sua beleza de fada e seu mistério envolve-o, ele não sabe que aquilo é amar, mas ama. 

Somos criaturas impulsionadas a amar, está dentro de nós, desde que nascemos essa força nos acompanha, mas o mundo por vezes atrofia essa dádiva, nos faz ter medo. Edward é tão amavél e puro que ama como muitos não sabem amar, de longe, sem pedir muita coisa.
 
Por ser quem é, e pelos graves acontecimentos que ocorrem no filme, ele é forçado a voltar para seu castelo e para sua solidão, depois de ver e ter o mundo, aquele das esculturas e dos livros. 

Quando se é diferente se é punido, isolado e só o que fica de nós que o mundo aceita é a beleza que parimos, que não é considerada nossa.

Alguns videos que vão fazer você amar mais Edward:






Até o próximo post folks!

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Isso.



Senta aqui do meu lado, deixa eu te mostrar que posso ser mais do que semana passada, vamos sair desse silêncio e nos misturar. é isso, exatamente isso é o que deveriamos fazer,.Seus dedos se enrolando nos meus cabelos. Olha! Eles tem vontade própria! 

Eu só consigo pensar que não há volta, não sinto falta de outras pernas de outros braços. A televisão começou a mentir, o telefone toca e as cortinas ensaiam voar pela janela escancarada, um resto de bebida em cima da mesa da sala, dentro de um copo pequeno. 

É verdade, chegamos até aqui, rimos brigamos, eu pensei em romance, em sexo, em terminar tudo., e depois desisti. Você na mesma proporção pensou em todas essas mesmas coisas, mas pode ser uma espécie de ligação ou predestinação, que sempre terminamos voltando o pensamento um para o outro. Meus lábios são piano novo, você pode passar os dedos enquanto acha bonito. Eu senti, senti sua mão arquitetando planos enquanto tocava a minha, precisamos de mais bebida para aliviar o nervoso. 

Estou ansiosa, não vejo a hora de ver você, sentir olhando pessoalmente para você ,que amo, que amo de verdade quem você é ou significa para mim. Separei algumas roupas que achei que seriam inadequadas e não as coloquei na mala, mas durante a madrugada acordei e pensei: foda-se, eu sou inadequada. Há algo mais inadequado do que despertar amor em alguém? Simplesmente o desejo e os sentimentos surgem e então nos perdemos imersos em gozos, rosas e comidas que engordam.

Quero que você cresça, que se torne um homem com mais atitude, mas esqueço que não posso andar por você e que principalmente, você não é e nem deve ser uma cópia minha. Eu sou a merda de uma mulher moderna e controladora, mas o que importa nessa merda é que eu estou inteira para você. Quero e devo me deixar ser amada, até mesmo pelada. Se tivermos coragem de não esconder nossos corpos um do outro teremos a capacidade de não esconder as nossas almas, mas no nosso caso, suponho que seja o contrário. 

É complicado planejar uma viagem, arrumar malas, aprender idiomas, será que as tomadas para eletrodomésticos são 200W ou 110W? Eu não durmo, eu não como, só penso em ver você. 

Mentira, faço tudo isso, mas mesmo assim penso muito em você. Vou colocar cremes na mala, minha pele vai subir montanhas e atravessar oceanos de nervosismo e por isso precisa se hidratar. 

Amo viagens de avião, na decolagem aquele sentimento de: meu deus, eu realmente estou indo, está acontecendo. E quando você aterriza seu coração dá uma leve desconectada com o resto do corpo e volta, como um chiclete esticado em slow motion.

Não existe essa história de alma gemêa, existe o presente, alguém aparece e você se apaixona, planeja, briga, ama, perdoa. A vida é bem clara, bem objetiva, nós que somos subjetivos demais, até mesmo quando pensamos que somos objetivos. 

Havia esse casal, eles pintavam as paredes, riam e ouviam uma música engraçada para pessoas esquisitas. 
Eu tirava o pó da vidraça e via... éramos nós, do jeito que vai ser. Preferi fechar os olhos, não queria saber como era fazer amor com você, porque queria esperar pelo momento que eu estaria totalmente dentro da casa e não na parte de fora, com os pés ardendo em frio.

Quando você sabe que alguém ama você?
- eu nunca machucaria você, você é parte de mim, estaria magoando duas pessoas, eu e você. (ele disse)
Talvez isso baste para saber que alguém te ama. sim, isso basta.

até o próximo post folks!



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suspiro com cremogema


Eu tossia apressada para ver se a ânsia passava, se a gripe me dava uma trégua, nada.
Lá fora tudo era iluminado e aqui tudo cadente, dentro de mim.
Pega a canoa e viaja dentro de mim, que só sou lagrimas, hoje de tristeza e amanhã quem sabe de alegria.
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Stupid things that you did.


Sinto muito por ter sido estúpida, é tudo que ela conseguia pensar. A vida ia correndo normalmente, coisas nascendo e morrendo, esse é o ciclo natural, até que ele a viu, ela que reclamava que ninguém a notava. Conversaram um pouco, algumas vezes se encontravam sem querer enquanto esperavam o ônibus, que pena que nunca foi o mesmo. Se fosse, eles teriam tido chance de começar uma conversa que revelasse a vontade de marcar dia e hora para um encontro, um desses em que os casais se formam, se beijam pela primeira vez. 

[risos] Acho que ele gosta de ti, ele comentou que te acha bonita com algumas pessoas.
[ela sem graça] ah, eu acho ele legal também, mas acho que gosto mesmo é de outro.

E aqueles olhares diziam para ela que havia algo, aqueles olhares de medo, de insegurança. E os dias iam passando e ela não mandava sinais, se fechava, como podia ser tão burra, ele combinava tanto com ela, quem sabe até fossem um daqueles casais inseparavéis, que beberiam juntos, que fariam loucuras sem culpa, definitivamente isso ficava só em um bloco de notas, porque a realidade eram acenos rápidos e olhares cabisbaixos.

[respiração funda] Ele não gosta de mim, ele simplesmente disse que estamos indo rápido demais, mas acho que ele está com medo, isso vai passar. [mentira, quem gosta quer pegar o carro e dirigir a toda velocidade, quer cruzar limites]

Mas ela tentou, ela cedeu. Foram ao cinema, ela e o rapaz por quem ela havia se apaixonado, era o filme do livro do Saramago, Ensaio sobre a cegueira (bem apropiado, não acha?!). Meu Deus ele ia saindo da sala do cinema, com mochila na costa, aqueles cabelos encaracolados, sandália nos pés, o coração dela bateu forte, sem razão, afinal de contas não era quem ela amava, existia então alguma coisa?!
-oi
-oi, veio ver esse mesmo filme?
-sim, eu e um amigo, é bom?
-é ótimo
[aquele momento parecia não terminar]
-então que bom te ver, eu tenho que entrar agora.
foi a última vez que ela o viu.

[ele debruçado em uma barra de ferro, olhando a universidade, ele tinha se formado]
-Vai sentir falta disso aqui? ela pergunta
- Acho que vou.
- Deve ser estranho concluir alguma coisa.
- Também acho muito estranho.
Eles sorriram um para o outro.


E você se arrepende das coisas estúpidas que fez, ela não o viu por muito tempo. O telefone toca: Marina, o Lucas morreu essa tarde. e você se arrepende das coisas estúpídas que fez.



Até o próximo post folks!
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Texto sem BATnexo.



Não nasceu com super poderes, não é um mutante, nem muito menos um messias. Sua força vem da culpa e principalmente do medo. Batman é uma personagem hipnotizante e misteriosa. O morcego que sai à noite pelas ruas sombrias de Gotham combatendo a 'sujeira' da cidade. 

Bruce, o playboy morcego, nem sempre foi tão corajoso. 

[risos de criança ao fundo] 
Correndo pela Mansão Wayne, menino Bruce tropeça e cai n'um poço, ruidinhos começam a aumentar, de repente ele é atacado por morcegos. [uma luz forte surge] Bruce?! Você está bem?!



[respiração forte] Sempre sonho com eles pai, diz Bruce.
Sabe por que eles atacaram você? Pergunta o pai.
Por que pai?
[o pai sorri] Porque estavam com medo de você.

Quando sinto medo de alguma coisa volto a ser criança. tremo, choro, mas aprendi que ter medo não deve me impedir de fazer o que é preciso ser feito. E aquela voz que susurra no meu ouvido vem e toma conta de mim sem que eu perceba. 
O estilo das sombras é tipico, elas sopram conceitos sobre descontrole, e ninguém se move, você perde a vontade de sair da cama para escovar os dentes. 
Assisto o mesmo filme acontecer para você e para mim, estamos presos nas nossas vidas e nem se quer temos força para tirar a roupa e gritar que a música que o dj está tocando é nossa porra de música favorita.  

Ópera, os Waynes foram apreciar um espetáculo, comer o prato da arte. Bruce viu coisas no palco que pareciam morcegos, teve medo, o pai percebeu, saíram mais cedo. O acaso veio, com arma na mão, com desespero, fome de dinheiro. [tiros, sangue]
Os pais de Bruce se reduziram a corpos, mortos, destruídos pelo grito da sociedade que exclui.
- Não tenha medo Bruce. [últimas palavras do Sr. Wayne]

Culpa, não há um dia que o barulho da chuva não me leve para onde errei, e você ali, me esperando na cadeira. Sei que fui grosseira,rude, tinha o mundo com você e pequei, pequei salgado. 
Tive você dentro de mim, como raiz de planta muda, como sopro para acalmar sopa quente, eu tive. Te deixei, virei as costas e fui rumo a uma nova vida, na qual algo não combina, falta uma peça, falta você, falta chão para se amar, para se perder.

Bruce viajou, se instruiu, treinou arduamente, transformou o medo em força, Gotham estava diferente de quando seu pai era vivo e lutava por uma vida digna para as pessoas. ele precisava de um disfarce para fazer justiça...
Dinheiro, inteligência, Alfred [mordomo/quase pai], culpa, medo, bondade (sim, parece não combinar com Batman, mas ele é bom), astúcia, ingredientes de Bruce para parir Batman. 

E depois de tantas desgraças enxergo que a vida é um jogo curioso, e seu super poder é você que cria e é você que acaba com tudo. Basta escolher como vai ser o que se é e o que se torna.

Na escuridão os olhos se acostumam e logo estão na claridade também.

Esse curta super legal e cultuado por uma penca de fãs é do Collora, um diretor e artista que arrebenta, enjoy: 




Até o próximo post folks!
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NOT.


Não tente ser sexy, pode acabar ficando ridiculo. Foto ficticia. [risos]
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Nem tudo tem um botão de desligar.


Quando eu finalmente desligar o interruptor do medo, espero me ver correndo como louca ao teu encontro e ser feliz na primeira tentativa de pular em ti, sendo certeira na combinção: minhas pernas abraçando tuas costas e meus braços envolvendo teu pescoço, na ânsia de obter a tua aprovação que vem timida n'um sorriso.

Que tipo de pão tu trouxeste hein?! Hummm, trouxeste pão francês com a casquinha levemente tostada?! Nossa, é meu preferido! Não, obrigada, não preciso de faca, costumo passar o requeijão com o dedo. (risos) Claro que não vai azedar o requeijão, bem, se azedar a gente come assim mesmo, nem dá para notar o gosto se consumirmos em dois dias. Vou fazer um suco de laranja bem gelado (bem gelado mesmo, para sacudir molares)para completar esse café da manhã, é óbvio que esse refrigerante que trouxeste é coisa de gente que não sabe o que é uma gastrite filha da puta. 

Quando eu delisgar o interruptor vou me apaixonar novamente, vou comprar vestidos novos, testar uma porrada de novos cremes capilares, só para quando balançar meus cabelos tu dizeres que eles são cheirosos, só para quando deslizares as redondilhas da ponta de teus dedos nos meus cachos, tu sentires a maciez deles e que foram propositalmente preparados para ti.

Por que raios trocas de canal tão rápido?! Não conseguimos ver nada, dá uma chance para o que tá passando na tv, quem sabe o programa consiga conquistar a gente, oras! Eu sei porra, que só tem merda na tv e que dedo e controle remoto tem uma tara infinita entre si, mas custa a gente ver ao menos 10 minutos de alguma merda dessas?! (Risos) Não é a questão da tv ser minha oh ignorante! A questão é que isso reflete a tua impaciência. Não! eu não sou impaciente, eu sou prática! [ziiiiiiiiiiiiiiiiinnnnnn........] Pronto, fudeu! A tv pifou de vez, agora não tem mais nada para se fazer, porque tu esqueceste de pagar a conta da internet e hoje é domingo (sic). Que idéia idiota! "Fazer o que faziamos quando éramos mais animais um para o outro", ei, eu sou amulher aqui, eu que deveria falar essas coisas, mas tudo bem, eu faço isso pelo bem do nosso tédio, MENTIRA (risos), eu te amo (e é mesmo verdade).

Quando eu desligar o interruptor vamos ser para sempre um do outro, mesmo com outros corpos, salivas, jantares e revistinhas em quadrinhos amareladas. E quando você vai aparecer para eu desligar o interruptor?

[on] [off]

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Até o próximo post folks! 
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Pega leve comigo.

"Would you always, maybe sometimes, make it easy"
 
 
 
l'amour, é sempre a mesma coisa, vivemos pedindo que o 'outro' pegue leve conosco na hora de machucar (veja bem, estou excluindo os sadomasoquistas dessa oração oquêi?!). A questão é, milhares de músicas já foram feitas sobre pessoas que prometeram ficar e no final não fizeram isso, porque um dia é meu amorzinho te amo pra vida toda e no outro bate o tesão por um corpinho em uma festa e todas as palavras e toques vividos acabam. O melhor não é pensar no 'para sempre', a 'onda' é pensar que amor é feito do agora, dos amassos de ontem, das mensagens da manhã, do almoço desastrado que um tenta preparar para o outro, são as histórias de familia que um divide com o outro, a porra do amor não está em cartões comprados em lojas, em ursos rosas gigantes ou em cruzeiros para Orlando. 
 
Esse não é um fuck texto sobre amor (sic), mas tem alguma ligação.  Em fato é sobre esses rostinhos da foto que inicia o post. Então como gosto bastante dos meninos, resolvi fazer um começo um 'pouco' reflexivo baseado em uma das músicas deles 'Two weeks'. 
 
 
Essas carinhas fofas (ou não) são do Brooklyn, NY. Uma das bandas de folk mais queridinhas que estou ouvindo, de forma a curar minhas neuras e problemas. sério, é um ótimo remédio. Então, os caras abriram alguns shows do Radiohead e o guitarrista da Radiohead disse no MICROFONE que Grizzly Bear (finalmente eu disse o nome da banda) era uma das suas bandas favoritas recentemente. Daí tu me perguntas: E daí? e eu respondo: se tu não gostas de Radiohead não vai pensando que o som é igual, calma, agora se tu curtes 'Death Cubie for Cutie' ou 'Fleet Foxes' vai de todo coração, pulmão e visceras amar Grizzly Bear. 
 
Sem mais delongas: 
 
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Tudo isso é feio.


No jardim da vozinha tem uma flor amarela, ela é bonita demais e a vovó diz que ela fala, comigo ela não fala nada, tem vergonha eu acho. hoje eu tava com raiva e quase arranquei a bichinha, mas a menina que cuida da casa me pegou e disse que era feio. Fiquei pensando que é feio também se eu fosse aquela flor e me arrancassem, aí o papai me disse que o amor é uma flor, meu Deus eu quase arranquei o amor e as pessoas que amam dão amor arrancado pra dizer que amam, tudo isso é feio.

Até o próximo post folks!
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Saori é dele.

                        


     A única missão do cara é basicamente proteger uma Deusa e um planeta do
estrago do mal, mas aí o banana se apaixona, tudo bem, retiro a parte do
banana. Seiya era muito apaixonado pela Saori, pra quem acompanhava
Cavaleiros do Zodiaco essa não é lá uma grande novidade, mas até que ponto
um guerreiro mortal pode amar uma Deusa?

Durante a trajetória de Seiya ele
poderia ter vivido vários romances com umas personagens bem gatas, mas
preferiu, um pouco inconscientemente isso, se apaixonar platonicamente por uma
mulher de certa forma intocavél. ela por sua vez correspondia com pequenos
gestos, mas nada que a fizesse baixar a guarda, afinal de contas todo mundo
sabe que amar é um verbo perigosissimo e quando se é uma Deusa
e quando se trata de salvar o mundo
deve-se evitar distrações.

Seiya talvez nunca quis consumar de verdade seu
amor por Saori, quem sabe o medo de violar sua pureza e altivez como Deusa
fossem razões fortes o suficiente para freiar seus impulsos adolescentes.

Saori
era a menina riquinha que nadava contra a maré, que se destacava pela sua
fragilidade e força, que se chocavam n'uma nuvem de dupla personalidade
mordaz e linda.

Seiya
era o menino do orfanato, peralta, sonhador, que
conquistava facilmente as pessoas e surpreendia com sua força cosmica e
fisica.

Dava ele o sangue por aquela encatadora menina dos cabelos roxos,
enquanto sua amiga de infância o idolatrava e Marin sua treinadora o tratava um
pouco diferente (com mais afeto), ele era avesso ao amor, só queria partir pedras,
lutar para salvar o mundo, sem perceber essas mulheres que o amavam. 

Com o tempo aprendeu que salvar o mundo
requer um salvamento próprio e é dificil se salvar sem um par, mesmo que não
tenha língua e lábios nos lábios, o amor pode existir e ultrapassa qualquer coisa, ao menos em tese.

Só mesmo um herói, um cavaleiro, consegue controlar tais
impulsos em prol de coisas maiores. um peixe e um pássaro podem se amar,
mas onde viveriam?

Universos paralelos existem em lugares paralelos. O bonito e
especial é que o autor de cavaleiros do zodiaco antes de todos nós já sabia que
Saori era de Seiya e que ele (Seiya) nunca saberia disso.

Não é tão distante da vida real,
ficar junto não é o que vale e nem o que melhor se consegue, existem outras
coisas maiores e cabe a cada um reparar o que é essa tal coisa. Um pouco de
estrago e um pouco de felicidade. Me dá a sua força Pegasu.

um presentinho:


Até o próximo post folks!


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Chuchu-rei.


Chuchu-rei era um monstrinho muito desajeitado, suas pernocas pequenas pareciam dois suspiros bem gordinhos, no vilarejo que morava as pessoas eram muito pé no chão, todos seus amigos nasceram para seguir a mesma profissão dos pais, mas Chuchu-rei era revoltadinho, queria ser super herói com fivela, capa, cuequinha colorida e poderes supimpas.

Chegou então um dia de domingo, que poderia ser comum, mas aconteceu algo muito estranho, Chuchu-rei acordou, esfregou os olhões de peteca, desceu as escadas e viu seus pais paralisados no sófa, desesperado correu para a rua em busca de ajuda, o coitadinho gritou, mas não havia nenhum transeunte, olhou para os lados e percebeu que haviam umas pessoas sentadas no banco da praça, correu tão rápido ao encontro delas que suas perninhas de suspiro ficaram todas preguentas de suor monstrual.

Ufa, enfim chegou até a praça, "oi moça, com lincença...", pegou no ombro de uma senhorita que estava sentada muito quietinha, gelada, oh não, ela também estava congelada, simplesmente ele começou a chorar, chorar feito criança abandonada, todas as pessoas estavam paralisadas, menos ele.

O destemido, corajoso, audacioso, entusiasmante, bonzão, supimpa, ultra Chuchu-rei (tá, ele não era tudo isso,mas ele´era um monstrengo legal) se deu conta de que seu peito dóia muito e sua respiração tava cada vez mais dificil, o choro produziu uma catarreira horrivél, ele limpava com a costa da mão e esfregava na perninha gorda.
Chuchu-rei se ajoelhou, pediu ao Deus do sorvete que tudo voltasse ao normal, fez a prece mais linda de toda sua vida. Plift, sentiu uma bola cremosa e gelada cair no cocorutu de sua cabeçona, passou a mão, levou à boca, era sorvete de manga, deu ele uma risadinha. Ouviu uma tosse e de repente aquele barulho se transformou em voz, era o Deus do sorvete, e ele disse: Chuchu-rei não chore, tudo está paralisado porque eu resolvi dar um presente para alguém e isso desordenou o curso natural de Monstrolândia, mas em alguns minutos tudo voltará ao normal.
Então o monstrinho disse: Poxa Deus, e por que só eu posso te ouvir?
Deus disse: Por que o presente é pra você, seu tonto! (riu discretamente), começando agora você terá o poder de dar amor e sonhos para as pessoas toda vez que abraça-las.
Tipo um herói? Chuchu falou sorrindo.
É, tipo um herói, mas não use muito a palavra tipo, não é legal. Você sabe, eu gosto de gramática. Olha Chuchu, tome cuidado com esse poder.
E Chuchu preocupado disse: Mas e se as pessoas não souberem como usar o que darei pra elas?
Esse é um problema delas, seu trabalho é ser você, e dar o amor que você tem. Jamais venda, se não posso banir você para a Terra, advertiu Deus.
Chuchu retrucou: Não, menos pra esse planeta!
Foi o que imaginei, disse Deus.

Chuchu-rei ouviu risadas, barulhos de corrida, arrotos, smack de beijos. Os monstrinhos e a vida continuavam. Ele não poderia contar que já não era o mesmo, sorriu, e comeu uma maçã que havia rolado vermelinha, inesperadamente, a seus pés.
Que dia legal!, gritou, antes de correr de volta para casa. 
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