Calúnia


Você não se lembra mais das luzes que se apagaram na noite passada, para você é mais um lábio, mas meu coração bate sem amanhã (te disse).



Amanhã vou recordar dessa noite, das coisas bobas que compartilhamos, da cama que esquentamos, do suor que secamos um no outro. Vamos compartilhar de todos os amos, dessas rimas pobres que eu sei fazer (te disse).

Não tenho uma boa memória para tudo, mas sei que com as luzes acesas pude ver que fomos completos, mesmo que existisse um louco do voyeurismo ao nosso lado, o que tivemos foi amor junto com sexo. Muitos querem, poucos o tem (te disse).

Provei meu amor quando me masturbei com a escova de cabelo que me deste no dia dos namorados, provei novamente que era louca por ti quando imaginei teu pau ao olhar os estojos na vitrine da papelaria (te disse).

Sou uma tarada, mas me perdoas porque vi bons filmes e cito poetas clichês. Eu copio minha intelectualidade do Google e meu tesão é a única coisa natural, a não ser quando te engano com pílulas e pomadas (não te disse).

Amanhã vou recordar dessa noite, quando absolutamente tudo que te disse enquanto me comias, era uma sórdida e gozante, mentira. De todas as mentiras que disse e não disse, a única verdade é que quero mesmo é foder tudo, como se não houvesse um gozo final, porque te amo ao modo de quem parece não amar.

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